Investigação científica dos fatores que afetam e influenciam o desempenho e eficiência dos suínos nas várias fases de produção e qualidade da carcaça e carne

por Portal PPGCV FAMEV
Publicado: 11/01/2019 - 22:32
Última modificação: 08/04/2019 - 21:44

Várias tecnologias têm sido propostas para atender o exigente e crescente mercado de carne suína, nas áreas de melhoramento genético, nutrição, manejo, ambiência e sanidade. A suinocultura nacional destaca-se em nível mundial por ser de alto nível tecnológico, alcançando níveis de produtividade iguais ou superiores aos dos principais exportadores de carne suína do mundo, quer sejam os países do Bloco Europeu, em especial Dinamarca, Holanda, França e Espanha ou os Estados Unidos e Canadá. O Brasil conseguiu em 2013 embarcar os primeiros carregamentos de carne suína para o Japão, a partir de Santa Catarina, o único estado brasileiro livre de Febre aftosa sem vacinação. Este marco para a suinocultura brasileira é de alta relevância devido o fato de ser o Japão o mercado mais exigente em qualidade de carne suína, nos vários aspectos que se pode abranger a definição de qualidade, quer sejam, qualidade sensorial da carne suína: cor, sabor, textura, aroma e suculência, atributos estes correlacionados com a gordura intramuscular da carne; qualidade microbiológica: livre de Salmonela sp, Campilobacter sp, Listeria sp, entre outros microrganismos de importância em saúde pública; qualidade do ponto de vista de resíduos de antibióticos e quimioterápicos: a lista de princípios ativos proibidos pelo Japão ultrapassa 700; qualidade nutricional: a carne suína é fonte de vitaminas do complexo B, ferro e é rica em potássio, sendo interessante como fonte de proteína de alto valor biológico para consumidores com problemas de pressão arterial, cujo nível de potássio é extremamente interessante para o controle da mesma; qualidade tecnológica: capacidade de retenção de água, “drip loss”, cor, gordura intramuscular, capacidade de emulsificação, perdas durante o processo de cozimento; qualidade de carcaça: produzir carcaças com mais carne magra e menor conteúdo de gordura impacta diretamente no custo de produção, já que a conversão alimentar de deposição de músculo é melhor do que a conversão para deposição de gordura, sem contar o fato de que o consumidor deseja carne suína com baixo nível de gordura de cobertura. Dentro do contexto aqui apresentado, objetiva-se com este projeto de pesquisa avaliar as tecnologias disponíveis atualmente que podem impactar no nível de qualidade obtida, nos vários níveis da cadeia de produção de carne suína, desenvolver novas tecnologias e validar aquelas recém lançadas no mercado de produção de carne suína, tanto para exportação quanto para o consumo interno.