Influência do estrógeno previamente a progesterona sobre a sobrevivência e desenvolvimento embrionários em éguas

Dissertação de Mestrado
por Ana Carolina
Publicado: 10/03/2021 - 15:57
Última modificação: 24/03/2023 - 09:23

 

Resumo: A disseminação da transferência de embriões (TE) em equinos nos últimos anos fez aumentar a procura por receptoras, tanto de éguas cíclicas, quanto acíclicas em anestro ou transição. Os primeiros protocolos utilizados em éguas acíclicas, para mimetizar as condições uterinas de éguas cíclicas em diestro, baseavam-se apenas no uso de progesterona (P4); porém estudos posteriores apontaram que a aplicação prévia de estrógeno poderia promover melhoras nas taxas de crescimento e sobrevivência embrionários. No entanto, ainda é incerta a influência de uma maior exposição ao estradiol, previamente a P4, na recuperação e desenvolvimento embrionários em receptoras. Sendo assim, o principal objetivo deste estudo foi determinar o efeito de três protocolos hormonais em éguas acíclicas sobre as taxas de sobrevivência e desenvolvimento embrionários após a TE. Para tal, o grupo estro longo (EL) recebeu 8 mg totais de benzoato de estradiol (BE), em doses crescentes, permanecendo 7 dias exposto ao estrógeno antes da aplicação da P4 de longa ação (P4 LA); o grupo estro curto (EC) recebeu dose única de 2,5 mg de BE dois dias antes da administração de P4 LA; e o grupo sem estro (SE) recebeu apenas 1500 mg de P4 LA. Foi realizada coleta de embriões das doadoras oito dias após a ovulação, os quais foram avaliados e transferidos para as receptoras dos grupos EL, EC e SE no dia 4 após aplicação da P4 LA. Dois dias após a TE, lavados uterinos foram realizados nas receptoras e avaliaram-se as taxas de recuperação, qualidade e taxa de crescimento embrionários. Foi observado que o grupo EL apresentou melhores taxas de recuperação e crescimento embrionário em comparação ao SE. Desta forma, sugere-se que o ambiente uterino é favoravelmente influenciado por uma longa exposição ao estrógeno previamente a P4, embora ainda não tenha sido demonstrada diferença entre a exposição prévia longa ou curta.

 

Abstract:  The spread of embryo transfer in horses (ET) over the years resulted in an increasing of the demand for recipients, both for cyclic and acyclic mares in anestrus or transition. The first protocol used in acyclic mares had the purpose of mimic the uterine conditions of a cyclic mare in diestrus and was based only on the use of progesterone (P4), although later studies indicate that the previous application of estrogen can promote improvements in growth rates and embryonic survival. However, the influence of this greater exposure to estrogen, previously to P4, on embryo recovery and development in recipients is still uncertain. Therefore, the main objective of this study is to determine the effect of three hormonal protocols in acyclic mares on survival and embryonic development rates after ET. For this, the long estrus (LE) group has received 8 mg total of estradiol benzoate (EB) in increasing doses, remaining 7 days exposed to estrogen before the application of long-acting P4 (LA P4); the short estrous (SE) group received a single dose of 2.5 mg of EB two days before the administration of P4 LA; and the group without estrus (NE) started only 1500 mg of P4 LA. Donor embryos were collected eight days after ovulation, which were evaluated and transferred to recipients in the LE, SE and NE groups on day 4 after P4 LA application. Two days after ET, uterine lavages were performed in the recipients and were evaluated as embryo recovery rates, quality, and growth rate. It was observed that the LE group presented better rates of recovery and embryonic growth compared to the SE group. Consequently, it seems that the uterine environment is favorably influenced by along exposure to estrogen previously to P4, although no difference has been demonstrated between long or short previous exposure.

 

Acesse o trabalho

Data e Horário: 
17/03/2021 - 14:00
BR-050, KM 78, S/N
Uberlândia, Minas Gerais, Brasil
38410-337
Campus Glória - Bloco 1CCG - Sala 209 A e B