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Resumo: A superordem Xenarthra, que abrange as ordens Cingulata e Pilosa (esta última incluindo as subordens Folivora e Vermilingua), faz parte da classe Mammalia, subclasse Theria e infraclasse Euthéria. Com 32 espécies vivas distribuídas em quatro famílias na fauna da região neotropical, desempenha um papel expressivo na biomassa dos mamíferos brasileiros, destacando-se como uma árvore evolutiva de sucesso. O coração, fundamental para o sistema cardiovascular, é uma bomba de musculatura estriada cardíaca com quatro câmaras: os átrios esquerdo e direito, responsáveis por receber o sangue, e os ventrículos esquerdo e direito, encarregados das circulações sistêmica e pulmonar, respectivamente. Esse órgão apresenta, na maioria dos mamíferos, uma forma cônica e é dotado de um sistema de irrigação próprio por meio das artérias coronárias, assegurando o suprimento sanguíneo vital para suas funções. A pesquisa adotou uma abordagem dual, envolvendo amorfometria cardíaca em exemplares de Myrmecophaga tridactyla (n=48) e Tamanduatetradactyla (n=13), estabelecendo inferências comparativas. Paralelamente, foi realizada uma análise da irrigação coronariana em corações pertencentes à superordem Xenarthra (n=82). A partir das médias das variáveis morfométricas os resultados indicam que os adultos de M. tridactyla apresentaram uma média de massa cardíaca de 90,2(±31,0) gramas. Em contraste, os filhotes desta espécie exibiram uma média de 12,8(±9,2) gramas de massa cardíaca. Para T. tetradactyla, a média de massa cardíaca foi de 21,8 (±8,6) gramas. Dentre as diversas mensurações analisadas constatou-se uma diferença significativa (p < 0,05) tanto entre os sexos quanto entre as espécies. O M.tridactyla possui um coração proporcionalmente maior em comparação ao T.tetradactyla. Observou-se também que o T. tetradactyla macho possui coração significativamente maior que as fêmeas. Para a análise da irrigação coronariana foram dissecadas e contabilizados todas as artérias coronárias e seus ramos em três famílias (Dasypodidae; Myrmecophagidae; Bradypodidae). A partir do seio direito do bulboaórtico originou-se a artéria coronária direita (100%; n=82), que percorre o sulcocoronário direito e emite ramos atriais, ramos ventriculares, ramo marginal direito e oramo interventricular subsinuoso. O seio coronário esquerdo é responsável por fornecera artéria coronária esquerda (90,2%; n=74), que se divide em dois ramos (90,1%; n=73): ramo interventricular paraconal e ramo circunflexo. O padrão coronariano equilibrado(92,3%; n=72) foi o mais comum na superordem Xenarthra, embora em um critério avaliado, o padrão predominante fosse o direito (91,4%; n=75)